quinta-feira, 31 de julho de 2008

Criar laços ou conectar-se?



Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. É assim que Exupéry descreve as relações humanas em seu livro O Pequeno Príncipe. E continua:

Perguntou o principezinho:

- Que quer dizer "cativar”? - É uma coisa muito esquecida. Significa criar laços.
A gente só conhece bem as coisas que cativou.

- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. Cada dia te sentarás mais perto.

Estudos atuais comprovam que na dita época moderna, ou tempos líquidos, como bem a define Bauman, as pessoas não mais se preocupam em ‘criar laços’, fato que se justifica pelo tempo que é necessário para cativar alguém e pela responsabilidade que tal atitude requer. Mais uma vez Exupéry ratifica:

Foi o tempo que perdeste com tua rosa, que fez tua rosa tão importante. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.

Ao invés de criar laços, como aconteceu em outras épocas, o homem moderno encontrou uma nova maneira de relacionar-se com o outro: conectar-se!


As ‘conexões’ estabelecidas entre as pessoas partem de um interesse, a principio, comum e quando há o desinteresse de uma das partes envolvidas, é muito mais fácil desconectar-se ou ‘deletar’ o outro do que ter que dar explicações, assim nos eximimos de qualquer responsabilidade.

Tal situação tem sido descrita mais detalhadamente pelo sociólogo Zygmunt Bauman em uma série de livros, nos quais ele reflexiona sobre a modernidade e suas características. Entretanto, é no livro Amor Líquido que encontraremos uma discussão mais detalhada a cerca da fragilidade das relações afetivas em tempos modernos, ou na época da liquidez, como prefere o autor.

Vale a pena Conferir!





Cada um a seu modo, à sua maneira

De tantas mil maneiras que eu posso ser / estou certa que uma delas vai te agradar.

Assim como podemos ser de mil maneiras como diz a música Rosas interpretada por Ana Carolina , também podemos nos expressar de infinitas formas...

Um mesmo tema e resultados diferentes. Graças à criatividade humana e às distintas áreas de interesse existentes, diferentes tipos de trabalhos podem surgir.

Se por um lado temos artistas (músicos, pintores, poetas...) que exploram o lado mais subjetivo que um determinado tema pode abordar, do outro lado, nos encontramos com os sociólogos, filósofos, matemáticos, economistas ... que priorizam estatísticas e dados empíricos.

E eu, embora seja amante das letras, não direi que aqui estarei restrita à escrita, pretendo sim, mesclar tudo (músicas, poesias, propagandas...) que de algum modo vier a se relacionar com a minha Subjetividade.

Eis o título desse espaço!