domingo, 31 de agosto de 2008

Matizes do amor

O amor é isso. O amor é aquilo. Tantos e tantos, cada um a seu modo, já tentaram definir / traduzir esse sentimento.

Magistralmente Camões o interpreta como sentimento das contradições:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

Já Adriana Calcanhoto nos apresenta o amor como sinônimo de complemento:

Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu, assim, sem você...

Bom seria se o amor fosse sempre assim como canta Roupa Nova:

Amar!
É envelhecer querendo te abraçar
Dedilhar num violão
A canção prá te ninar
Suspirar sem perceber
Respirar o ar que é você
Acordar sorrindo
Ter o dia todo prá te ver...


Mas, não raras vezes, é assim que ele se apresenta:

De tarde quero descansar, chegar até a praia
Ver se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras.
Sei que faço isso para esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora

Pois é, o amor reúne essas e tantas outras coisas...

domingo, 17 de agosto de 2008

A vida é a arte do encontro

Vinícius de Moraes foi sábio em mais um de seus pensamentos: A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida.


Encontros de todos os tipos! Uns frutíferos, outros nem tanto. Alguns por tempo determinado, embora haja poucos que são escolhidos para serem eternos. Entretanto, o que de fato importa nesses encontros é a intensidade com que são/ foram vividos.

E por falar em encontros, eis um que tem me proporcionado intensos momentos de alegria e pelos quais sou muito grata:

E como disse Adélia Prado: aquilo que a memória amou fica eterno.

domingo, 10 de agosto de 2008

Sentindo as palavras


Depois de ouvir Simples Palavras comecei a pensar sobre o poder e o sabor das palavras...

Palavras ditas sem saber, palavras ditas sem querer. Muitas constroem, mas também destroem.

Já ao ler Rubem Alves descobri que as palavras também podem ser saboreadas. Mas cuidado, pois podem ser doces como mel ou amargas como fel.

Mexendo um pouco na minha bagunça interior lembrei das palavras ásperas como as notas de instrumento musical desafinado. Mas, para meu conforto, já encontrei também palavras macias, ou melhor, de conforto, como o consolo de um bom amigo.

Tudo isso por causa dessas Simples Palavras:


Palavras ditas sem saber

Palavras ditas sem querer

Palavras distorcidas provocam frases tão ambíguas


Simples palavras também tocam bem fundo

Vão além e são reais

Constroem humanos e heróis

Palavras causam impressões (Mas são só palavras)

Não acredite em meras palavras (não)

Palavras (não)


Palavras cultas e formais

Traduzem gênios intelectuais

Mas nem sempre são capazes de compreensão

Palavras presas no olhar

Palavras ocultas prá disfarçar

E não dizer, mostrar aos poucos você


Palavras ditas sem saber

Palavras ditas sem querer

Palavras distorcidas provocam frases tão ambíguas


Palavras causam impressões (Mas são só palavras)

Não acredite em meras palavras (não, não)

Palavras podem expressar

O que não era pra mostrar

Palavras podem esconder

O que o coração tenta não dizer

O que o coração diz sem querer


Simples palavras tocam bem fundo, vão além

E são reais

Transforma humanos em heróis

Meras palavras.
Banda Vega

Metáforas da vida cotidiana

Compreendida pelas gramáticas como uma figura de linguagem, a metáfora normalmente é definida de maneira bem simples: é uma comparação sem o como, ou seja, consiste em empregar uma palavra fora do seu sentido normal, objetivando mostrar a semelhança entre dois seres ou objetos.

É lugar comum pensar que essa figura de linguagem somente está presente nos textos literários. Entretanto, se fizermos uma leitura mais atenta das expressões que utilizamos cotidianamente, perceberemos que a metáfora está infiltrada também nos atos mais ordinários de nossas vidas.

Observem algumas frases em que utilizamos esse recurso e geralmente não percebemos:

Os membros da minha empresa perderam a discussão.

Minha equipe ganhou o debate.

Vamos criar estratégias para ganhar o debate.

Se fizermos uma análise mais profunda, veremos que todas essas frases têm como base o seguinte conceito metafórico: Discussão é guerra. Na realidade, as palavras em negrito fazem parte do universo lexical que normalmente utilizamos para fazer referência à guerra.

Pois é, isso também é metáfora!!

Mas cuidado, esses conceitos metafóricos podem ter conotações distintas a depender do grupo que o utiliza. Em comunidades que não compartilham da mesma cultura, pode não fazer sentido, por exemplo, que alguém diga: Paulo é uma raposa. Quer dizer, Paulo é muito esperto, pois a palavra raposa para algumas pessoas é sinônimo de esperteza. Entretanto, essa mesma frase pode resultar incompreensível para pessoas que não fazem parte desse grupo social, pois, esses conceitos são definidos culturalmente.






sábado, 2 de agosto de 2008

A eterna presença também nos faz cantar


Tanta coisa por dizer

Tantas histórias por contar

Me lembro de todas as lutas meu bom companheiro,
Você tantas vezes provou que é um grande guerreiro

É tanto tempo e algumas cenas merecem ser lembradas

Do tempo em que nos conhecemos

Viver e não tenha a vergonha de ser feliz
Cantar (e cantar e cantar) a beleza de ser um eterno aprendiz

Do tempo onde tudo poderia ter acabado

Valeu a pena, ê ê
Valeu a pena, ê ê
Sou pescador de ilusões
Sou pescador de ilusões

Uma mesma escolha

Iba caminando por las calles empapadas en olvido
Iba por los parques con fantasmas y con ángeles caídos
Iba sin luz, iba sin sol, iba sin un sentido, iba muriéndome

Do tempo em que tudo continuou como antes

Menino do rio calor que prova arrepio
Dragão tatuado no braço

De tempos presentes

Tchau, I have to go now.

Sou praieiro, sou guerreiro, tô solteiro

Tomar um banho de chuva,
Um banho de chuva
Ai, ai, ai....

De uma coisa eu tenho certeza

Se eu tentasse definir o quão especial tu és pra mim
Palavras não teriam fim
Definir o amor não dá
Então direi apenas obrigado
E sei que entenderás